A Justiça definiu a data em que Diego Pandini, vereador de Indaial, deve ir a júri popular pelo assassinato do padrasto dele e por tentativa de homicídio do irmão. A sessão está marcada para 24 de maio, oito anos depois do episódio. Em 2014, Diego agrediu os dois com um pedaço de madeira, causando a morte do mais velho.
Conforme o documento, Pandini será julgado por homicídio simples e tentativa de assassinato. De acordo com os autos, em maio de 2014, Jair de Andrade e o meio-irmão de Pandini, à época com 16 anos, foram até a casa do parlamentar durante a madrugada.
Durante a discussão, o vereador deu pauladas na cabeça e em outras partes do corpo de Andrade, que sofreu traumatismo craniano e outras lesões, não resistindo aos ferimentos.
O adolescente teve machucados semelhantes e desmaiou. Em depoimento, disse que foi com o pai, ambos desarmados e alcoolizados, provocar o irmão por brigas de família que “foram acumulando”. Diego teria reagido com o pedaço de madeira.
Legítima defesa
O advogado de Pandini, Franklin de Assis, sustenta que o cliente agiu em legítima defesa. Naquela noite, os dois teriam ido à casa do vereador e, após jogar pedras no telhado, chamaram o acusado para fora. Segundo o defensor, eles estavam armados com faca e barra de ferro. Com medo que algo acontecesse consigo e com a avó, Pandini saiu.
— A linha da defesa não tem surpresa, vamos trabalhar com a realidade, uma ação de legítima defesa. O vereador não acordou aquele dia com vontade de matar alguém. Foram lá, jogaram pedras e ele agiu [para se defender e proteger a idosa] — reforça Assis.
O defensor tentou reverter a decisão de haver um júri popular, mas o Tribunal de Justiça recusou. Agora, prepara-se para o julgamento no próximo mês. Para ele, não há dúvidas de que o parlamentar apenas reagiu “às injustas agressões”.
Pandini aguarda o julgamento em liberdade.
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