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O Dia Internacional da Mulher foi instituído pela ONU – Organização das Nações Unidas em 1975. A data remete às lutas das mulheres ao longo dos últimos séculos, em busca de igualdade nas questões trabalhistas e pelo direito de participação na sociedade. A data é comemorada em mais de 100 países.
Historicamente há muitos fatos que inspiraram a criação do Dia Internacional da Mulher. Um dos mais conhecidos é o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, ocorrido em 25 de março de 1911, quando mais de 100 mulheres morreram. Em reportagem publicada pela revista FORBES, em 08 de março de 2022, a doutora em sociologia pela USP (Universidade de São Paulo), professora e jornalista Isabelle Anchieta, autora da trilogia “Imagens da Mulher no Ocidente Moderno”, traz alguns dos fato que ocorriam na época – e que infelizmente – em menor escala ainda se repetem hoje. “As mulheres tinham que trabalhar 16 horas por dia durante seis dias na semana. Elas eram vigiadas para ir ao banheiro e até fora do trabalho. Sofriam um conjunto de abusos e assédio sexual. Tudo isso para ganhar 33% a menos do que os homens – algo que ainda hoje se mantém”, explica. Na época, as mulheres também lutavam para combater o trabalho infantil.
Além do incêndio em Nova York, pelo menos outros três fatos histórico fomentaram a luta das mulheres:
- Em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York, 15 mil mulheres que viviam em condições insalubres saíram às ruas reivindicando melhores condições de trabalho.
- A proposição da data veio em 1910, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, e foi feita pela professora e jornalista alemã Clara Zetkin.
- Em 1917 aproximadamente 90 mil mulheres russas foram às ruas com o lema “paz e pão”, pedindo comida para seus filhos e o retorno dos maridos das trincheiras.
O que a data significa hoje
Desde a sua criação até hoje, o Dia Internacional da Mulher traz a reflexão sobre as condições das mulheres em diversas áreas, mas principalmente no ambiente de trabalho. Segundo uma análise da OIT – Organização Internacional do Trabalho, realizada com 115 países, em 2020, a diferença salarial média era de 14% entre homens e mulheres, podendo ser ainda mais alta em profissões historicamente dominadas por homens.
Diante disso as discussões em torno da data e da origem histórica dela, baseiam a necessidade de cada vez mais políticas públicas que garantam o acesso das mulheres à condições igualitárias e valorização. Mas acima de tudo uma mudança de paradigma cultural: as mulheres não querem ocupar o lugar dos homens, elas querem exercer o direito e ter a oportunidade de mostrar suas capacidades, e serem reconhecidas por isso. (Fonte: forbes.com.br)
