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Além das Cores: Uma Reflexão sobre a Igualdade Humana no Dia da Consciência Negra

Além das Cores: Uma Reflexão sobre a Igualdade Humana no Dia da Consciência Negra

No Dia da Consciência Negra, é crucial não apenas celebrar a rica herança cultural afro-brasileira, mas também promover uma profunda reflexão sobre a questão racial e a necessidade de alcançar uma sociedade verdadeiramente igualitária.

Por Franklin Assis

20/11/2023

No Dia da Consciência Negra, é crucial não apenas celebrar a rica herança cultural afro-brasileira, mas também promover uma profunda reflexão sobre a questão racial e a necessidade de alcançar uma sociedade verdadeiramente igualitária. Como advogado há 15 anos e um homem negro que encontrou sucesso em sua profissão, permita-me compartilhar uma perspectiva que transcende as categorias raciais convencionais.

Ao longo da história, a humanidade tem sido marcada por divisões artificiais baseadas em características físicas, como a cor da pele. No entanto, é crucial questionar a validade dessas distinções, pois, afinal, “raça” é um conceito que se aplica mais a animais do que a seres humanos. Somos uma única espécie, compartilhando a mesma humanidade, e é nossa diversidade que enriquece o mosaico cultural que é a sociedade.

A frase “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra” nos convida a refletir sobre a persistência de preconceitos e discriminações que permeiam nossa sociedade. Ela destaca a necessidade urgente de transcender as barreiras superficiais da cor da pele e reconhecer a humanidade que pulsa dentro de cada indivíduo.

A verdadeira batalha não está em superar as diferenças de cor, mas em reconhecer que tais diferenças são apenas a superfície de nossa complexidade como seres humanos. É essencial entender que todos compartilhamos sonhos, desafios, amores e aspirações. Quando nos permitimos ver além da cor da pele, nos deparamos com a riqueza de experiências e conhecimentos que cada pessoa traz consigo.

Como profissional negro bem-sucedido, entendo que meu sucesso não deveria ser excepcional, mas sim um reflexo da igualdade de oportunidades que todos merecem. Devemos criar um ambiente onde o brilho nos olhos de cada indivíduo, independentemente de sua cor, seja a medida de seu valor na sociedade.

A celebração do Dia da Consciência Negra deve ser um chamado à ação para construir pontes, quebrar estereótipos e promover um entendimento mais profundo. É uma oportunidade para reafirmar nosso compromisso com a igualdade, justiça e respeito mútuo. A verdadeira vitória será alcançada quando a cor da pele se tornar uma característica tão irrelevante quanto a cor dos olhos na avaliação do valor de um ser humano.

Vamos avançar não apenas como defensores de uma causa, mas como arquitetos de uma sociedade onde a diversidade é celebrada, e a igualdade é mais do que uma aspiração, é uma realidade. Afinal, somente quando reconhecemos a humanidade comum que compartilhamos, podemos verdadeiramente dizer que estamos construindo um futuro onde a cor da pele não define, mas sim enriquece a experiência humana.

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